segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Quem sabe um dia

Então você vai lá e cria mais uma página em determinada rede social.

Existe uma para músicas, filmes, livros, para interagir com outros, para armazenar fotos, outras onde tudo isto se reúne e até uma para organizar a lista de redes sociais. Interessantes? Talvez até sim. necessárias? Nem sempre.

Vendo sequências de ideias, de opiniões, de conteúdos a respeito penso para onde estamos indo, qual o "fim" de tudo isso. Como estamos usando nosso tempo? O que toda essa correria tecnológica pode trazer? Claro que os desenvolvimentos nessa área são muito úteis, máquinas utilizadas na medicina, exames mais sofisticados, uma aproximação das pessoas que estão distantes de onde você está. Aproximação; internet; aproxima os que estão distantes e distancia os que estão próximos? É o que parece. Porque está se tornando tão difícil viver desconectado? Qual o "grande lance", o segredo, o conteúdo? Boa pergunta, qual o conteúdo.

Em alguns momentos vemos pessoas defendendo a utilização do tempo em atividades que tragam benefícios como assunto, conhecimento, "bagagem cultural" (mas não dessa "indústria cultura" que vem em pacotinhos e a todo momento); algumas que criticam o que é considerado fútil por muitos. E ainda aqueles que não possuem nenhuma opinião ruim de quem dedica tempo a ambas as partes. A qual delas estamos dedicando mais?

Estamos mesmo aproveitando o que construímos (digo nós, seres humanos) para nosso benefício? Sim. E para nos prejudicar? Parece que também. Cadê o "tempo" para ler, a dedicação, a atenção para realizar tal atividade? E porque está difícil?

É preciso ter o carro do ano, ou trocar o seu a cada ano que passa. É, mas quem dera que o transporte público fosse bom o suficiente para não se precisar ter um carro... temos que cuidar dos nossos interesses, das nossas necessidades, do "nosso mundo". É preciso ter o tipo de celular que todos tem, e não é pela genialidade de quem fez, desenvolveu, estudou para colocar tudo naquele aparelhinho pequeno mas que carrega quase o mundo (na verdade é quase um mundo, virtual). Como já disse Steve Jobs a respeito da sua área:
As pessoas acham que é a aparência - que os desenvolvedores recebem uma caixa e ouvem: 'Torne-a bonita!' Não é assim que consideramos o design. Não apenas como a aparência e a sensação. O design é o funcionamento.
Inovação não tem nada a ver com quantos dólares se dedica a pesquisa e o desenvolvimento. Quando a Apple apareceu com o Mac, a IBM estava gastando pelo menos cem vezes mais em pesquisa e desenvolvimento. Não tem nada a ver com dinheiro. Tem a ver com as pessoas que temos, como nos conduzimos e quanto entendemos do assunto.
Nosso objetivo é fazer os melhores aparelhos do mundo, não ser os maiores.
Viver, percorrer esse intervalo de existência, não é se deliciar com um pacote de salgadinho assistindo à novela enquanto seu celular apita com mais de 100 mensagens de uma vez e consome uma lata aquele refrigerante que todos sabemos qual é, onde nos é passada a impressão de que a cada dia a necessidade por mais e mais atenção dos outros, "amizades", aumenta. Sentar todos os domingos para ver a toda a programação das grandes emissoras, que nós sabemos como é uma "praga", você "sem querer" senta para assistir, seja pelo local onde está, e fica lá vendo aquela sequência de besteiras, literalmente besteira porque a televisão no domingo a tarde é uma briga, uma emissora concorre com a outra para ver qual a pior... Mas entendo quem faz isso. Quem busca se refugiar em dietas desesperadas, em roupas novas, lançamentos de carros, celulares, marcas, móveis, e veja só, até livros populares e campeões de vendas! É uma outra realidade. Viver está muito sem graça não é? Não se pode nem sair tranquilo sem correr aquele risco de ser assaltado. Quem sabe queimado dentro de um ônibus.

E não me excluo, apesar de não gostar de algumas dessas coisas. Mas perceber é o primeiro passo. Basta observar que se vê, o problema não está nos aparelhos, até porque foram feitos por nós, mas está na forma como é utilizado. Na forma como está impregnado principalmente nos mais novos. Mas, quem sabe, com um esforçosinho seja mais fácil dedicar mais tempo a uns bons livos, a bons assuntos, conhecimentos, a estudar, a passear, a bons filmes, boas séries. Seja possível conversar mais com quem você quer, conviver mais pessoalmente.

A tecnologia não é nada. O importante é ter fé nas pessoas, acreditar que são essencialmente boas e inteligentes e, que se lhe dermos as ferramentas, elas farão coisas maravilhosas.
Ps.: Citações retiradas do livro "Steve Jobs em 250 frases".

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